Bebo, o elixir negro que jaz no copo longo preenchido por rum e coca-cola, adornado por limão e gelo.
Em 1898, em algum lugar de Cuba, um soldado ergueu um copo como este, numa copa como esta, gritando (ou assim dizem) por liberdade.
Imerso em minha embriaguez, nem o copo consigo soerguer.
É engraçado como as vezes tudo parece caminhar bem, mas por dentro falta algo.
As vezes sinto isso. Acho que se chama falta de sentido. Acontece de repente, quando estou trabalhando, quando estou estudando, quando um “corre” aparece…….
Um frio gelado na barriga e, ao olhar pro lado, um diabinho no ombro sussurra ‘por que cê tá fazendo isso? Qual o sentido disso tudo?’.
É nesse momento que o mundo perde a cor, o frio congela o estômago e a depressão invade a alma.
A verdade? O mundo não tem sentido. Vencer ou perder é só uma ilusão que criamos sobre ganhar fama, dinheiro e poder.
No fim, nada importa. Nunca importou. Nunca importará.
Imersos nesses pensamentos continuo a me afogar nesta amarga e refrescante cuba libre, buscando, talvez, encontrar a libertad no esquecimento das duras ideias que me apunhalam.
Mago, parabéns.
Descreveu bem essa sensação, esse sentimento estranho que às vezes nos assalta do nada.
O desenho é seu? Se sim, tá lindo! Vc tem talento.
Curiosamente, só passei a gostar de cuba-libre depois dos 35 anos… Logo, recentemente.
Abraços!
Olá, Neófito. Obrigado!
Sensação estranha essa não, que as vezes não nos deixa dormir.
O desenho fui eu que fiz, mas só em partes.
Digo, pois estudei desenho algum tempo atrás, mas nunca fui bom desenhador de corpo humano e gestual.
Aí, peguei uma foto na internet para tracejar em cima e estilizar.
Eu botei alguns detalhes como o bigode e etc….
Fui eu que fiz, mas não foi parido do meu cérebro, foi tomando como base de uma fotografia.
Nunca fui bom desenhista, então, pra todos os fins, ficou bom !!!
Abraços!
Quanto a cuba libre, bebo uma todos os finais de semana. Acho que é a bebida que mais gosto, junto com Gin e Tônica.
Ambas são refrescantes e simples. Duas misturas adornadas por frutas cítricas.
Sem necessidade de bater, ou mesmo que misturar qualquer coisa mirabolante.
” só passei a gostar de cuba-libre depois dos 35 anos” Ainda sim, uma boa hora. Para começar a apreciar coisas boas é sempre uma boa hora.
Gosto de gin para alguns drinks malucos que invento meio à toa. E acabam fazendo sucesso. Tudo no achismo e olhômetro, sem medidas. Uso xaropes Monin. Continue exercendo seus desenho, mesmo que da forma citada! Acho que desenhar relaxa. Quero voltar a rabiscar. Abraços!
Eu costumo olhar aqueles sites dos “best drinks” pra ter umas ideias, mas sempre acabo na cuba e no gin & tonic. Acho que pela facilidade (só duas bebidas e uma guarnição, sem necessidade de equipamento, sem necessidade de pouring qualquer coisa,…..)
No fim, sempre fico na simplicidade dos dois, ou troco gin por Whisky e faço um Highball simples. Fica bom também;
Aqui também usamos o xarope Monan, é bem gostoso mesmo. Fica bom nos drinks pra dar uma variada.
Costumo desenhar num caderno que levo por aí, as vezes tento algo no PC, com uma mesa digitalizadora que comprei faz tempo. Não sou bom, mas quem sabe um dia não consigo ficar, e, quiçá, desenhar uma HQ hehehehehe.
Abs!
Verdade, o mundo não tem sentido. Aí é que entra a Cuba LIbre!!!!
Essa também recebe o selo ISO Azarão de qualidade.
A cuba libre é barata (dependendo dos ingredientes também kkk), ótimo drink para relaxar.
O mundo não têm sentido, mas é incrível a quantidade de vezes que me pego tentando encontrar algum…..
Aliás, foi a cuba libre que acionou o gatilho do gene mutante em meu DNA que me transformou no Azarão:
https://amarretadoazarao.blogspot.com/2015/03/a-origem-do-azarao-para-j.html
Marreta, já havia lido esse seu texto.
Achei muito boa essa sua primeira experiência com o rum. Nunca tive nada igual.
Acho que me isolei um pouco na faculdade como um Nerd e acabei perdendo muito dessas festanças e sacanagens que rodavam soltas nas festas de final de semana.
Como diria o Skank, devia ter aproveitado mais, farreado mais, mas não o fiz e agora não posso chorar o leite derramado.
Abraços!
Eu também não fico chorando pelo rum derramado
o mundo não tem sentido.
o jeito é criar um sentido: inventar uma narrativa em que vc faz sentido.
tipo “homem lutando por________ no presente distópico de uma pseudodemocracia semi-capitalista”
é como se a vida fosse um spin-off de uma franquia.
a parte legal é descobrir o que faz sentido/é estimulante/desperta seus sentimentos ou paixões (autoconhecimento)
pessoalmente, faz algum sentido que eu me veja como um “Verme pecador cristão, servidor público, nerd, conservador, direitista, tradicionalista, redpill casado, fisiculturista natural amador, pequeno investidor, coach para concursos, personal organizer. “ em busca de uma vida tranquila no presente e uma aposentadoria na praia( se eu não morrer antes)
como a expectativa de vida masculina é de 73,3 anos, faz sentido criar objetivos de acordo com a faixa etária (minha fase de buscas encontros sexualmente ardentes terminou e agora me preparo para a decadência da velhice + morte; enquanto curto minha fase de meia-idade)
não quero dizer que sou exemplo para ninguém (é apenas minha visão de mundo), mas não me vejo fazendo acrobacias amorosas ou tretas daqui a 10-20 anos como não me preocupava com minhas articulações 20 anos atras
abs!
https://twitter.com/joaopqcavalcan1/status/1534211079877926912?s=20
Hahahah. Uma boa forma de ver as coisas. É engraçado como ficamos extremamente entediados grande parte do tempo, as vezes dando uma depressão leve.
Em tempo, já matei tempo pensando em tipos de guerra (principalmente guerrilha na selva), me imaginar nessas situações parece interessante, mas sempre volto pra realidade e vejo que não seria uma boa ideia.
Gosto muito dessa forma de pensar, Scant.
Criar um roteiro, um sentido, gera uma linearidade para nossas vidas, fazendo com que continuemos em busca de algo, mesmo que incerto.
Gostava muito da aula do Olavo em que ele citava o poema de Mallarmé em homenagem a Edgar Allan Poe (La Tombeau d’Edgar Poe) em que ele citava a frase “Tel q’en Lui-même, enfin, l’éternité le change” (Tal que nele mesmo, enfim, a eternidade o transforma)
A reflexão sobre existir na eternidade um “eu” já transformado e evoluído, a melhor versão do “eu”, e que sempre devemos pensar no que essa entidade faria, para agir da melhor maneira e seguir em direção a ela, me parece bastante válida.
Quanto as atividades corriqueiras, eu não me vejo tampouco pensando em encontros sexuais ardentes (Até pelo fato deles, geralmente, só ocorrerem em filmes kkk), também não penso muito na decadência da idade, acho que nos leva ladeira abaixo, como se uma pedra fosse amarrada em nosso corpo. Acho que, amor, paixão, saúde e dinheiro, devemos aproveitar o que nos é dado pelo universo e fazer o melhor que podemos para viver bem com o que aparece. De resto, o que nos resta é tentar evoluir, no mínimo, o intelecto.
Abs!