Antes de começar a leitura, caso as imagens dos emails contidos neste post não estejam em tamanho que possibilite leitura, uma solução é abrir somente a imagem em uma nova guia, assim elas ficam legíveis. Tentarei adicionar imagens melhores nos próximos posts!!
É sabido, diria até que é uma certeza universal (contrariando o pequeno trecho no canto esquerdo desta página, onde disse que não haveria dessas por aqui!!) que todo mundo gostaria de ficar rico, ou estar, se você, leitor, considerar a riqueza como um estado momentâneo.
Que dirá ficar mi-, ou bilionário!! Ter dinheiro para esbaldar por aí, sair com modelos, andar em carros luxuosos, comer nos restaurantes mais badalados, viajar o mundo se hospedando nos melhores hotéis, enfim, fazer algumas das tantas outras coisas malucas que passam por nossas cabeças quando tardes de chuva aos domingos nos impedem de ir a algum bar esquecer que logo virá a segunda.
Imagine a surpresa quando eu, numa manhã de sábado, já a espera do tão temido domingo, descubro que acabara de me tornar, não -mi, mas bilionário, da noite para o dia.
A quantia: A bagatela de exatos $52.750.000.000,00
E não estou brincando, era em dólares, o que daria, em reais (aproximando para 5,00; já que precisão não é o objetivo deste texto), algo como R$263.750.000.000,00.
É um número tão grande que não consigo nem imaginar como torrar todo este dinheiro.
Só para se ter uma ideia, com todo este dinheiro, eu instantânea mente, acabara de me tornar o 12º homem mais rico do mundo, deixando para trás alguns indivíduos bastante abonados, como:
- Carlos Slim ($ 52 bi, lembra dele? Um mexicano muito loco que apareceu alguns anos atrás e comprou, do nada, a NET e a Claro);
- Larry Page & Sergey Brin (criadores do Google, $ 50 bi, cada);
- Françoise Meyers & Family ($49 bi, criadores da L’Oreal);
- Michael Bloomberg ($48 bi, nem te conto o que ele criou);
- Jack Ma (o saudoso chinesinho em fuga do governo socialista, com $39 bi, Alibaba)
A pergunta? Como, você, um indivíduo que nem trabalha direito, um vagabundo, no sentido não tão pejorativo da palavra, ganhou tanto dinheiro da noite para o dia? Teria ganhado na Mega Sena? Teria roubado um banco, uma joalheria, a casa da moeda?
Bem, vamos voltar ao princípio. Naquela fatídica manhã de sábado, um pouco antes do almoço, ao verificar meu e-mail, vejo uma mensagem do exímio Dr.Ken Obiorah, cuja pessoa jamais vi pessoalmente, mas já o tenho na mais alta estima, devido aos seus esforços para aumentar minha riqueza.
Sua mensagem (cuja tradução transcrevo a seguir) dizia o seguinte (marcações em vermelho são minhas):
“Sou Dr. Ken Obiorah, um contador certificado trabalhando no Ministério da Agricultura da Nigéria. (What the Fuck!!! O que esse maluco quer comigo??) Talvez você esteja imaginando por que recebeu este e-mail (ainda bem que imaginou a estranheza), mas posso garantir a você que no final estaremos discutindo qual o negócio mais rentável em que deveríamos investir nossas respectivas partes. Eu fui designado por dois de meus colegas para procurar por um parceiro estrangeiro que nos auxiliaria a encontrar uma conta, em qualquer banco estrangeiro, para uma transferência de $52.750.000.000,00; aguardando por nossa chegada em seu país para utilização e desembaraço com o proprietário da conta. (Holy crap! Estou rico. Será que o Dr. Ken Obiorah está maluco para fazer essa transferência? A receita não suspeitaria??) Esse valor é resultado de uma inflação deliberada no valor de um contrato angariado pelo Ministério para uma empresa estrangeira que fornece equipamentos de agricultura. (Ainda confessa a origem ilícita do montante, homem de coragem esse, para colocar isso num e-mail, deve ser um desses retardados do Congresso que, as vezes, são presos com provas em seus celulares). O contrato foi executado e pago, sobrando a dita quantia, que queremos transferir para fora do país (Obviamente, vão usar esse dinheiro pra que na Nigéria!!), dividindo entre nós (você a parte estrangeira, eu e meus colegas). (Não gostei disso aí, não estou mais tão rico assim com essa divisão) Essa transferência só será possível com a sua ajuda, sendo o estrangeiro que será apresentado como beneficiário do fundo. Como funcionários públicos, não podemos ter contas estrangeiras, e esta é a razão pela qual decidimos contatá-lo. Nós concordamos que, se você for o beneficiário, poderá ficar com 15% da soma, enquanto os 85% restantes seriam reservados para nós. (Eu sou a parte mais importante e vou ficar só com 15%, devo ser trouxa mesmo) Nós solicitamos sua assistência em providenciar uma conta bancária conveniente em seu país, onde este fundo será transferido.
Note que estamos sendo cuidadosos e fizemos todos os arranjos para uma transferência segura e tranquila para sua conta antes de contatá-lo (será???). Por razões de segurança e confidencialidade, solicitamos que não exponha esta proposta e transação para ninguém. (“Ixi”, deu ruim, expus o esquema pra todo mundo) Estamos depositando tanta confiança em você na esperança de que não nos trairá, ou ficará com todo o dinheiro para si assim que for transferido (não é uma má ideia, risos cômicos!). Esteja seguro que esta transferência é 100% sem riscos. Se você aceitar, por favor retorne o e-mail incluindo um número de celular.”
O que fiz após ler essa grande oportunidade, saber que acabara de me tornar multibilionário??
Rí!!!!!! E abri uma cerveja Heineken para ler de novo o email, sentindo a ressaca da feijoada paulista servida aos sábados.
A verdade é que a proposta não foi nem de longe essa. As cifras verdadeiras estão na casa dos milhões, como pode ser observado abaixo:
Imaginei o ótimo texto que daria essa loucura, mas nem de longe ele seria tão bom me imaginando somente milionário, pois isso, creio, ainda posso tentar atingir, já que ainda sou novo, trabalhando em trabalhos normais. Quanto aos bilhões, eles são praticamente inalcançáveis para a maioria. São espirros de sorte na roleta russa da vida, misturados em um drink de preparo, momento certo, dinheiro e parcerias corretas, além de várias outras variáveis que o destino, as vezes, coloca na frente desses gigantes do mundo corporativo. As vezes, até um pouco de arrogância e ganância (seriam elas sempre ruins?) são temperos na caminhada desses homens rumo ao topo.
Quanto ao e-mail, gostaria do fundo do coração de acreditar que ninguém cai em algo assim, mas, se enviam, é porque alguém cai e responde. Alguns malucos farão textos bem elaborados, tais como esse. Outros serão mais sutis, enviando um boleto, que aparentemente você deixou de pagar, torcendo para que você não olhe a procedência e passe pra frente.
Interessante notar que, hoje, muitos querem ficar ricos a todo custo (será que sempre foi assim?), de maneira fácil e rápida, criando muitos tipos de arapucas para nos fazer de verdadeiros trouxas na rede. A internet (sempre esta maldita!!!) trouxe todo tipo de armadilha para dentro da sua casa (junto com suas comodidades e facilidades, diga-se de passagem). Alguns vão tentar fazer você acreditar que é possível ganhar milhões fazendo coisas “simples”, que qualquer boçal aparentemente faz, tais como trading (já que dá até pra comprar o café da tarde fazendo um trade, só clicar e esperar subir), investimento em criptomoedas, importação, dropshipping, entre outros….basta fazer um simples curso, que será liberado só agora, por um preço irrisório, tendo em vista todo o conhecimento que você vai adquirir, e todo o retorno que vai obter.
Não caia no conto da carochinha!!! Tudo que vale a pena vêm com dor, trabalho e suor, sempre com marcas talhadas na pedra. Para fazer o que alguns fazem é preciso muito estudo, muita sorte, muito timing, muita coragem (para colocar o pouco que se têm em risco em busca de retornos maiores) e também muita honestidade (é preciso saber que tudo o que você sabe não é o final, é sempre o começo).
A única coisa que vêm fácil nesta vida são as ilusões, e estas nem precisam ser compradas em cursos, são dadas de graça em cada esquina.
PS:
Interessante notar que, na semana seguinte, ganhei na loteria nacional da Inglaterra (nem sabia que isso existia, uma Mega Sena ou Loto Fácil inglesa), cerca de 2,5 milhões de libras esterlinas. Segue a prova:
Talvez, por saber que eu era, no mínimo, milionário, essa Ashley tenha me mandado o seguinte e-mail acalorado, me fazendo a seguinte proposta indecente:
Chega a ser cômico o dia a dia de um homem comum no mundo moderno!!!!
Olá, Mago.
Parabéns pelo blogue. É uma forma de expressão e terapêutico.
A plataforma WordPress é excelente (para quem saber usar). Nunca me dei bem com ela. Tentei fazer um backup em WordPress, mas desisti. Tantos anos usando Blogger, não vale a pena me meter noutro ambiente. Sempre há muitas coisinhas que vamos aprendendo sobre códigos de HTML e não tenho mais saco para pesquisar tudo de novo noutra plataforma. As ferramentas nativas são boas. Mas sem conhecer alguns macetes na edição da linguagem, ficamos limitados.
Você é um cara de muita sorte. Duas boas notícias assim tão próximas, uma da outra. Para mim, só chegam faturas a pagar.
Ah, jovem… Sobre “se enviam, é porque alguém cai e responde”… Vc nem imagina. Vou te contar duas histórias.
Tive que pesquisar esse e-mail do doutor nigeriano e vi que é real. Roda por aí há alguns anos e parece que há pessoas que realmente creem. Já chegaram alguns similares para mim, nunca lidos até o final. E sempre me perguntei quem cai nessas coisas. Mas aí vejo pessoas com Pcs e dispositivos móveis entupidos de vírus de tanto clicarem em links. E meu vizinho (vizinho de muro, mesmo), me fez perder um pouco mais de fé no ser humano. Sua esposa recebeu ligações (código 85, famoso devido aos trotes dos presídios cearenses) informando que ela ganhara um caminhão de prêmios Claro e que, para validar, era só inserir 50 contos de crédito no número da chamada. Ela fez isso e ligou informando. Aí pediram para repetir a operação. Sim, ela repetiu. Meu vizinho chegou em casa no final da tarde e não gostou daquela história. Para ele, “cheirava a algo errado”. É um geniozinho. Aí ele ligou para tirar satisfação. A pessoa do outro lado afirmou ser tudo sério e que bastaria ele, agora, inserir mais crédito noutro número que eles informaram. Meu vizinho foi duro na resposta: “tá bom, vou colocar pela última vez; mas se for trote vocês vão ver”. E sim, ele botou mais grana.
Morei numa cidade chamada Oeiras (primeira Capital do Piauí) há anos. E uma moça, certa vez, me procurou para uma dúvida “jurídica”, ao saber que eu era “do Direito”. No caso, bateram à sua porta oferecendo um Fiat Uno Mille (isso há uns 16 anos). O carro sairia por metade do preço, mas pediram um sinal de cinco mil reais, em cash, para ela. Sim, cara, ela deu o “sinal”. Sorri muito depois, quando estava sozinho. Mas na hora só me assustei com essa cidadã e seu “sinal de imbecilidade”. Sua dúvida não era jurídica, era imbecílica. Ela queria reaver a grana pelos meios legais, sem nem saber para quem mandou o dinheiro.
Acredito que alguns golpes podem ser tão bem elaborados que qualquer um cairia facilmente. Mas nem precisam elaborar demais para pegar os trouxas que abundam.
As pessoas sempre quiseram grana (poder, prestígio, seja o que for) fácil e tudo de graça, sem esforço. Nos textos mais antigo, sempre há alguém querendo se dar bem na maciota. Isso é tão intrínseco ao ser humano que, notando à nossa volta, todos se encantam com “direitos”. Todos querem direito a algo. Hoje, a grande sacada é um auxílio-pandemia que pode se tornar permanente. Fui hoje ao supermercado e tudo está quase o DOBRO do preço. Mas se rolar esse “direito” que inflacionará ainda mais o básico, todos ficarão felizes, pois será um “direito conquistado”.
A melhor definição para esta vida e o que ela nos dá de graça está em Rocky Balboa: apenas socos. Só precisamos aprender a apanhar e se esquivar. O estado natural do ser humano é: dor, sofrimento e miséria. Apenas suando é que evitamos isso. Mas vai tacar algo assim na mente do populacho.
Abraços!!!
Procurei saber um pouco sobre as plataformas, já que sou praticamente leigo no assunto, e vi que o pessoal recomendava bastante a WordPress. Resolvi começar com ela mesmo, para não ter que fazer essa migração posterior, pois, aparentemente, muitos blogs acabam fazendo em algum momento.
Algo que me deixa meio maluco é código de programação. Não sou muito bom nisso, e achei o WordPress bom neste aspecto. Achei fácil de modificar os templates grátis, focando na escrita e deixando de lado o trabalho de Dev. Obviamente, o site não vai ficar uma maravilha, nem de longe perto de um que tenha manutenção de código por conhecedores do assunto, mas como o objetivo não é ganhar dinheiro e sim jogar palavras ao vento, achei suficiente.
Nem me diga, sorte é comigo mesmo. Recebo muitos spans malucos como esse, acho que estou na lista vip desses caras. Já recebi um com uma oferta para me tornar herdeiro de uma bolada em um país das arábias. Já recebi um em alemão também. Esse nem li direito, pois alemão só conheço o dono do estacionamento da esquina.
Quanto as histórias, realmente seu vizinho caiu numa cilada que não dá pra acreditar kkkkk Acredito que muitos caiam em golpes do tipo da moça de Oeiras. Lembro que estavam pregando vários golpes nos velhinhos de uma cidade conhecida minha no Ceará. Só havia um caixa eletrônico na cidade e os velho (velho que é velho não sabe mexer com essas tecnologias) precisavam de ajuda. O malandro ficava lá, fingindo ser aqueles auxiliares do banco, e arrumava uma forma de conseguir a senha do velhinho e tirar o resto da aposentadoria do coitado. Lembro que vários que caíram nessa. Fora os empréstimos feitos pessoa-pessoa, que só precisam de um sinal, feito no ato.
Se é suspeito, caio fora. Pena que alguns não tem essa malandragem. Também acredito que, se muito bem elaborado, qualquer um pode cair. Mas tenho minhas dúvidas se iriam querer a mim, alguém sem posses terrenas, como a contraparte desse tipo de golpe. Golpes bem elaborados têm alvos bem definidos.
“As pessoas sempre quiseram grana (poder, prestígio, seja o que for) fácil e tudo de graça, sem esforço. Nos textos mais antigo, sempre há alguém querendo se dar bem na maciota.”…..Isso que você disse é a mais pura verdade, mas tenho um sentimento que antes isso era menos exacerbado. Talvez as redes sociais tenham levado isso ao limite, a um ponto que podemos claramente observar. Queria muito ter dinheiro pra fazer muitas coisas quando criança, mas não tinha muita relação com mostrar para os outros, acho. Sentia, e espelhava, isso nos mais velhos, mesmo não sabendo o que se passava em suas cabeças. Talvez eu esteja errado, no fim.
Sempre achei que esse conto de fadas que pregam era uma mentira. A grande maioria das pessoas têm uma visão muito otimista da vida, elas tentam não ligar para suas cercanias e seguem, como se nada estivesse acontecendo, rumo ao nada, rumo ao fim. Talvez esse seja o problema daqueles que são mais emocionais, encontrar problemas em tudo e pensar demais. Sempre achei que o mundo é muito mais dor, sofrimento e tragédia que seus opostos otimistas. Alegrias e felicidade são como drogas que necessitamos tomar para amenizar a dura caminhada, induzir um estado temporário de entorpecimento. Mas tentar dizer isso para qualquer pessoa é algo praticamente impossível, a maioria não entenderia, para eles ter um bom trabalho, um time de futebol, um grupo para tomar um breja e, simplesmente, “viver” já é o suficiente (talvez até seja mesmo, vai saber).
Quanto as história, deixo uma boa também:
Minha tia, que nunca teve filhos, e sempre foi muito simples e simpática, certa vez recebeu uma ligação dessas de presídio.
O cara começou a palavrear pra ela pelo telefone “Olha, estou com seu filho, esse merda!, e se você não me passar R$ 50.000,00 vou matar esse arromb***”
Aí ele passou pra um outro que começou : “Mãe, por favor, não deixa ele me matar, por favor, faz alguma coisa”
Minha tia virou e falou simplesmente assim: “Amigo, acho que você ligou errado, não tenho filhos, deveria conferir melhor o telefone para quem está ligando” e o cara do outro lado da linha se calou imediatamente e desligou.
Imagino quantos não caem nessa.
Abraços!!
Li o “Sobre” e achei interessante vc ter mantido um blogue, em 2010, praticamente “fechado”, apenas para registrar impressões pessoas. Vejo blogues como diários aberto. E você fez dele um diário tradicional!
Olá Neófito, como vai?. Fico feliz que tenha visitado o blog. Vou tentar mantê-lo, se não surgirem espasmos criativos, pelo menos fazendo alguns artigos sobre o que ando lendo.
Mantinha esse blog sim, quase que secretamente. Infelizmente, quando ainda existia, deixei de atualizá-lo, e, como na época era só uma diversão e a moda quando eu era jovem era fazer vários emails para tentar não ser rastreado (coisa de criança sem noção mesmo) , acabei perdendo onde ele ficou armazenado, já que não mantinha registro em nenhum lugar de contas, muito menos senhas.
Também não sei quem iria lê-lo. Muita besteira infantil e alguns estudos de física e soluções de problemas. Na época tinha uma ideia maluca de me tornar professor, já que os meus amigos diziam que eu era inteligente (acreditei piamente nisso até chegar à faculdade).
Acho que me identifico mais com o papel, também. Costumo escrever primeiro em folha e “passar a limpo” no computador. Sou muito táctil, gostando bastante de canetas, lapiseiras, diferentes grafites e tintas. Acredito que o papel ainda não consiga ser totalmente substituído pelo ecrã, pelo menos neste aspecto.
Recordo que no auge dos blogues o WP era o nicho mais elegante e o blogspot ficava para a ralé. Foi como Facebook e Orkut. Este era ocupado pelo povaréu e os mais “sofisticados” estavam no FB ou no ainda existente MySpace. Ainda sinto saudade do Orkut, da facilidade em se achar pessoas e das comunidades. Para mim, foi uma rede social perfeita. O FB chegou logo se integrando a tudo quanto é site para comentários e isso ajudou em sua alavancada. E o MS ficou mais para nichos. Depois, os nichos precisaram de evidência e correram para o FB. Hoje, mantenho conta no FB, mas mais por questões profissionais.
Quanto a leiaute, talvez seja irrelevante no momento, pois a cada dia as leituras vêm mais de telefones e o modelo se adapta a um padrão, o qual aliás é bem prático. Gosto de ler matérias em celular, embora seja ruim de comentar.
Sobre o “mas não tinha muita relação com mostrar para os outros” eram bem isso, sim. A gente queria desfrutar, em regra. E, se desse, mostrar um pouco. As redes sociais somatizaram tudo. É aquela coisa do guri que se escondia para comer sozinho um pacote de salgadinhos porque não queria dividir. Hoje, você exibe o pacote.
Uma amiga teve problemas com o filho na escola. Ele é um “gordinho impopular” mas que estava com vários seguidores no Instagram. Aí uma menina bonita e popular de sua turma não gostou disso, pois ele estava com mais do que ela. E isso gerou ataques e brigas na escola. E estou falando de crianças de 10 anos de idade. Minha filha fará seis anos e já se preocupa bastante com imagem. Isso é preocupante.
Eu costumava receber mais e-mails de negócios rentáveis e suspeitos, pessoas querendo esconder grana etc. Depois me esqueceram. Ando em baixa para o mundo dos malandros ou os filtros de meus e-mails estão melhores. Parei de olhar as pastas de spam há tempos.
Vejo “alegrias” como aqueles bons momentos que também fazem parte e que fazem tudo valer a pena. Você pode ter um dia de merda e, no final da noite, se sentir muito bem em casa ou noutro lugar. Às vezes, essa alegria é fruto de árdua conquista. Noutras, apenas acontece porque, realmente, faz parte de nossas vidinhas bestas. Acho que viver é o suficiente. Deveria ser. De certa forma, sim. O negócio é tentar apreciar a simples arte de viver como um ignorante qualquer.
Sobre o trote de sequestro, há vídeos bacanas de pessoas que gravaram tudo e acabaram dando o troco no mala. Um colega meu passou por isso. Ele se fingiu desesperado e pediu o número da conta onde depositar a grana. Aí retornou e disse que estava depositado. Os caras ficaram conferindo o saldo várias vezes durante um tempo e ligando para ele. Depois sacaram o trote-reverso e só disseram que iram pegá-lo qualquer dia. Rs
Sobre “pelo menos fazendo alguns artigos sobre o que ando lendo” é um bom exercício mental, se você estiver com tempo e saco para isso, claro.
Não tive essa fase de ficar fazendo e-mails. Quando tive acesso à internet em casa, aliás, e-mail era complicado. Um dos poucos grátis era o Bol (o lema deles era que todo brasileiro tinha direito a um e-mail grátis). Foi o que fiz e uso até hoje. Os demais feitos por mim foram por obrigação: google, becape de google, funcional etc. Mas só mantenho mesmo UM e-mail regular há quase 24 anos.
Eu também me achava inteligente quando guri, até que conheci pessoas inteligentes. Faz parte. Havia aliás uma boa comunidade no Orkut chamada “Eu tive um futuro promissor”, onde todo mundo contava o futuro promissor que ele achava que teria. Grande Orkut…
Abandonei o papel para escrita antes dos 18 anos e hoje não sei escrever. Deveria ter pensado melhor nisso e mantido ao menos cadernos tipo moleskines para exercitar. Ainda hoje gosto de ver material escolar, pois é nostálgico. Mas com exceção de poucos lápis e tintas para tentar desenhar, fica só nisso mesmo. E ando sem desenhar há mais de ano.
Abraços!!!
Também participei do Orkut, mas não era um usuário muito ávido, talvez pela minha idade na época. Ainda era muito jovem, e não tinha essa noção de comunidade, pra mim isso era meu bairro, os garotos que jogavam bola na rua comigo e os colegas da escolinha.
Hoje não mantenho mais perfil em praticamente nenhuma rede social. Meu motivo para isso é o tempo (e uma péssima fotogênia). Tendo a ficar viciado no flow e acabo perdendo muito tempo surfando de lugar algum para lugar nenhum.
Realmente, hoje o pessoal só tem celular. Os computadores serão relegados para trabalhos mais pesados de home office (maioria notebook) e para gamers e aficionados por hardware, além daqueles que precisam de poder de processamento, como alguns engenheiros, arquitetos, programadores e editores de vídeo. A tendência é sempre diminuir o tamanho dos aparelhos, assim como ocorre com os espaços físicos.
Tenho um pouco de medo dessa questão da imagem. Qualquer coisa errada que podemos fazer no calor do momento, mesmo que não seja algo “errado”, poderá ser utilizada para destruir sua imagem, sua moral e honra. Por isso tento restringir ao máximo minha participação nessas coisas, para evitar ser feito de trouxa num assasinato de reputação. Sinto pena dos mais novos, que nascerão com uma obrigação de mostrar tudo que são e fizeram nas redes.
Quanto a escrita, antigamente só escrevia em letra de forma. Decidi aprender sozinho a escrever em letra cursiva. Fiz um método de um livro espanhol cujo nome não me recordo, mas deve ainda estar em algum lugar da biblioteca digital que mantenho. Aprendi a escrever melhor com o treinamento que o livro propunha. Acabei mantendo alguns cadernos para escrever meus devaneios e, tudo que vinha na cabeça, acabava escrevendo.
Sempre gostei de caneta tinteiro também, apesar de não ser um conneiseur do assunto e não ter muito dinheiro para manter uma coleção decente. As minhas são as mais baratas no mercado. Tento mudar mais a tinta, gosto da sensação da tinta sendo expelida no papel, o fluxo e a fluidez da pena. São coisas que só quem gosta e usa o negócio pode explicar, pois para qualquer outra pessoa essa frase pode parecer uma completa loucura.
Abraços.
As canetas tinteiro dariam um post.
[…] primeiro post deste blog, o Kleiton, do Blog do Neófito, comentou que um post sobre as canetas tinteiro que […]