Quais os Prós e Contras do Bitcoin: A Parte Boa

Bem, no último post falei um pouco sobre a atual situação em que vivemos (avanço desenfreado da tecnologia, impressão em demasia de papel moeda, crises se exacerbando, empresas gigantes sendo salvas pelo poder público com nosso dinheiro enquanto morremos de fome nas ruas) e discutimos também um pouco sobre os motivos que, aparentemente, culminaram no desejo por uma moeda digital nos moldes do Bitcoin.

Agora vamos verificar o que essa moeda tem de interessante e quais são os principais contras desse meio de negociação.

Como este post ficou demasiadamente grande fiz uma divisão em duas partes. Tentarei publicar a segunda parte, com os contras, até o final da semana.

Vamos começar pela parte boa!!

As Vantagens de Uma Moeda Digital Nos Moldes do Bitcoin

Moeda Descentralizada

Dinheiro é um meio de troca. Talvez seja uma das principais instituições da sociedade, permitindo nossa constante evolução e desenvolvimento, sempre em busca de criação de riqueza e melhoria do padrão e qualidade de vida de seus participantes.

Entretanto, como vimos no post anterior, o dinheiro moeda como conhecemos vem sofrendo diversas agressões de seus gestores. A atual forma de dinheiro é centralizada em torno de um banco central e diversos bancos comerciais. Ambos têm o controle sobre um elemento terrível para o indivíduo comum, a inflação.

A inflação é gerada através de criação de mais moeda corrente (seja moeda de papel ou virtual). Isso beneficia principalmente os mais ricos, aqueles que recebem o dinheiro novo primeiro (estamos falando de empresas gigantes, bancos, grandes políticos, etc..). Esses indivíduos podem se beneficiar do uso deste dinheiro logo que é emitido, podendo adquirir bens e serviços no preço atual. Empobrecem aqueles que recebem por último a moeda, pois, tendo já circulado no mercado, ocorre o que se espera do aumento de inflação, sobem os preços e cai o poder de compra da moeda.

E quem você acha que é esse besta que recebe a moeda no final??? Nos. Eu e você, leitor. Nos que só recebemos nosso salário no final do mês, contado, para pagar as contas. Somos nós que vemos o preço de gasolina, comida e serviços subir como um tsunami, só para cair no nosso lombo, diminuindo nossa qualidade de vida e deixando muitos em situação terrível.

Dolynho achando que tava rico até a inflação subir!!!

Além disso, nos é impedida a decisão de que moeda usaremos em nossas trocas comerciais. Essa decisão nos é imposta desde tempos imemoriais, nos tornando reféns dessas instituições.

Uma moeda honesta não pode tirar nossa liberdade, nosso poder de livre escolha, nossos direitos mais básicos (se é que isso existe!!) com uma simples canetada. Ela deve limitar o crescimento desse leviatã que é o Governo e seus participes. “Deve impor disciplina a um ente indisciplinado por natureza” (tirei essa frase do livro do Ulrich, muito boa frase por sinal)

O Bitcoin foi a primeira moeda que, simplesmente, não precisa do estado para existir. Existindo uma rede de computadores e internet o Bitcoin existe, somente. O governo não pode inflacionar essa moeda, não pode proibir transações com outros indivíduos de outros países, cobrar impostos sobre transações na rede.

Impedir o crescimento do poder dos estados é a verdadeira razão de ser desta moeda virtual.

Assim sendo, uma moeda sem criador conhecido, sem headquarters, sem controlador, sem intermediador é talvez o principal motivo de ser do Bitcoin e, talvez, sua maior virtude.

Redução dos Custos de Transações

A questão da redução de custos em transações é mais nebulosa, pois tudo depende da condição da rede neste exato momento, as taxas reportadas podem chegar a ficar bem salgadas, mas vou tentar colocar um exemplo prático para fazer uma alegoria.

Talvez o exemplo de um indivíduo seja bom para exemplificar a redução de custos proporcionada pelo Bitcoin, mas não fica tão evidente quanto os custos para empresas, portanto vamos fingir que somos uma pequena empresa de bairro.

Vendemos panquecas. Nosso negócio vai bem e nossos clientes já fazem várias demandas para que apliquemos novas formas de pagamentos. Nossos clientes não querem mais comprar panquecas em dinheiro pois acham mais cômodo fazer a transação de maneira virtual, além disso o dinheiro é muito sujo não, tendo passado por várias mãos desconhecidas?? (hahahaha)

Então somos obrigados a arrumar uma maquininha de cartão. Até aí ok, só comprar a maquininha né??

Não é bem assim. Caso você compre, terá o custo de aquisição da máquina, que tende a ser baixo, porém, muitas vezes, isso é um problema para o negócio de rua. Como a máquina fica sujeita a intempérie, tendo que funcionar no estabelecimento ou na bag de um motoka mano brown, faça dia ou faça sol, costuma dar muitos problemas, cair no chão, ou “dar pau” do nada, precisando ser trocada. Se tiver que comprar uma nova máquina toda vez, você estará lascado, então, a melhor solução, muitas vezes, é alugar a máquina de uma empresa, até pela comodidade de fazer uma ligação e trocarem sua máquina. (obviamente, se você trabalha só em ambientes controlados, táxis por exemplo, e é cuidadoso é uma boa opção fazer a compra e não alugar)

Então vamos as contas. Geralmente são dois os maiores custos de operar com cartão de crédito:

Aluguel mensal: A máquina, via de regra, têm um aluguel mensal. Esse custo pode ser negociado e, caso seu faturamento seja elevado, não é tão considerável. Muitas vezes, se seu faturamento ultrapassar um valor estipulado pela operadora de cartão essa taxa é até excluída, então isso só seria um problema se nosso faturamento fosse baixo.

Taxas de transação: Aqui que o bicho pega. As operadoras de cartão pegam uma boa parte de todo o seu faturamento bruto só pelo uso. Essas taxas giram entre 2-6% de tudo que você fatura. Portanto, se eu vender 100k, terei de deixar até 6k para a maquininha (quase o salário de 2 funcionários).

Esses custos, principalmente o segundo, encarecem e muito os produtos, sendo sempre repassados ao consumidor.

Agora, voltemos ao Bitcoin. Via de regra, a única taxa que você pagará para fazer transações em Bitcoin é a taxa da rede (miner fee). Esta taxa é o pagamento feito ao minerador para que ele empreste poder computacional para incluir sua transação em um bloco do blockchain. Isso depende basicamente do tamanho em bytes da sua transação que será alocado na rede. Você pode aceitar pagar mais para que sua transação seja minerada primeiro, caso queira que isso ocorra com rapidez.

Segundo esse site aqui, atualmente a média do tamanho de transações é de 224 bytes, e a taxa melhor custo benefício cobrada pelos mineradores é de 0,00000102 BTC/byte (esses valores podem mudar diariamente), assim, a taxa cobrada seria de 0,00022848 BTC (algo como 70 reais), isso para que a transação ocorresse o mais rápido possível, em torno de 10 min, ou no próximo bloco minerado.

Isso ocorre hoje, principalmente, devido a alta demanda de transações. Já que estamos em um bull market violento e muitos players novos, com muito dinheiro estão entrando no mercado e aceitando pagar mais para transacionar mais rápido, fazendo com que transações mais baratas demorem bastante para serem validadas. Isso ocorreu também no último bull market, em meados de 2018.

Esta foi a única imagem que consegui exportar, caso não esteja legal, abra em outra janela que melhora um pouco. Perceba como, quando o preço médio (tracejado) sobe de maneira galopante, as taxas (linha reta) também sobem, empurradas pelos novos usuários que aceitam pagar preços cada vez maiores.

Entretanto, em situação de mercado estacionário, como foi nos anos seguintes, as taxas baixaram para em torno de 0,5-1 dólar por transação (2,5-5 reais, no caso). Em anos anteriores, 2014, por exemplo, chegaram a 0,125 dolar (ou 0,7 centavos de real).

Tomando uma compra média de 100 reais, algo normal no Brasil, essas taxas em mercados estacionários custariam algo em torno de 2,5-5%, podendo chegar a custar menos de 1% da transação. Caso o ticket médio fosse maior, as taxas cairiam muito mais, em relação ao preço da compra, barateando os custos de transação.

Pode parecer que não saímos do lugar em relação ao cartão de crédito, principalmente para compras de ticket médio baixíssimo. Mas quando o assunto é compras de produtos com ticket médio de médio para alto, por exemplo, a redução é muito drástica para não ser considerada. (numa compra de 500 reais, por exemplo, a taxa de 5 reais representa 1% do valor da compra)

Acredito que, conforme a moeda se estabilize e deixe de ser tão especulativa, as taxas tendam a cair para valores bons para pessoas comuns poderem transacionar com Bitcoin. Isso poderia resultar numa queda dos preços de diversos produtos que fossem comprados com a moeda, nos mesmos moldes da venda a vista em dinheiro.

Moeda Escassa e Tendência a Não Ter Aumento Inflacionário no Longo Prazo

Coisas digitais são, quase sempre, infinitamente reproduzíveis e copiáveis. Entretanto o Bitcoin foi escrito de forma a ser escasso, e talvez esse seja o motivo de o compararem com o Ouro. De fato, ele têm diversas vantagens em relação ao metal [é durável, divisível a partes diminutas, incorpóreo e não depende de terceiros para troca entre usuários (bancos, casas de liquidação, etc..)].

Fato é que só existem 21 milhões de Bitcoin a serem minerados. Assim, sua oferta crescerá paulatinamente até atingir essa marca, que alguns acreditam acontecer por volta de 2140.

Hoje (2021), já existem mais de 19 milhões de Bitcoins em circulação (algo em torno de 90% do total). Daqui pra frente, só aumentará o poder computacional necessário para encontrar os demais, como já se vê em fazendas especializadas ao redor do mundo.

Apesar de não sabermos o preço em que o Bitcoin se estabilizará, é sabido que, quando não existe criação de nova moeda, sua inflação é nula. Alguns dirão que pode até existir uma deflação, já que alguns podem perder suas contas e tirar alguns Bitcoins de circulação pela impossibilidade de uso, aumentando o poder de compra dos demais.

Entretanto, o mais importante é que quando esse montante final chegar, as outras moedas continuarão sofrendo correções diante das inflações de seus respectivos países. Assim, o Bitcoin, com inflação zero, ganhará poder de compra em relação ao real, por exemplo, da mesma forma que, se nada ocorresse, o dólar valorizaria mais que o real pela inflação dos EUA ser menor que a nossa.

Assim, quando a liquidez do Bitcoin for boa e seu preço estiver estável, sem volatilidade em demasia, pode vir a ser uma boa reserva de valor.

Privacidade

A privacidade talvez seja uma das características mais discutidas sobre o Bitcoin e outras moedas. Alguns dizem que você nunca está sozinho na rede. Outros dizem que o sistema é completamente privado, garantindo o anonimato de quem está do outro lado da rede.

Verdade seja dita, privacidade é um termo muito amplo, pois tudo depende do que você quer esconder e quão difícil você quer esconder. Posso enterrar o baú na superfície da praia ou no fundo do oceano. =D

Com o blockchain, fica muito difícil alguém descobrir a localização da transação e o usuário que fez a transação. Sua conta é só um amontoado de números e letras, sem correlação nenhuma com você.

Entretanto, se a pessoa quiser muito saber quem você é (caso você seja um contrabandista, por exemplo hahahah) existem várias formas de te achar:

  • Você pode ser identificado pelo seu endereço na corretora, que, via de regra, têm restrições jurídicas e precisam de seus dados para poder operar.
  • Você pode ser identificado pelo seu IP, caso não use algo para mascarar de onde vêm sua internet (algo como o Tor), você pode ser facilmente identificado por alguém muito empenhado.
  • Você pode ser identificado se usar sempre o mesmo endereço de carteira para depósitos, pois como o blockchain é um livro aberto, qualquer pessoa pode descobrir quantas transações uma mesma conta fez. Caso ela saiba que essa conta é sua, saberá quanto você têm.

Segundo a Bitcoin Wiki, boas medidas para aumentar sua privacidade e segurança em transações de gente comum (gente como a gente) são:

  • Usar sempre endereços de conta diferentes para realizar transações (lembrando que uma mesma conta pode gerar diversos adresses).
  • Usar, sempre que possível, uma carteira full node.
  • Usar Tor, se você quiser uma transação 100% privada, escondendo seu IP.

Entretanto, suas neuras podem chegar ao infinito com isso, principalmente se você quiser anonimato total. Idealmente, a ideia é saber de quem você deseja se “esconder”, primeiro, para analisar a metodologia a ser utilizada.

Hoje, com todos os meios de fazer análise de dados e computadores cada vez mais rápidos, talvez existam diversas formas de “linkar” dados com você, dificultando o anonimato. Ainda assim, o Bitcoin se mostra como uma forma de tentar burlar esse sistema.

Estímulos ao Desenvolvimento da Rede

Por ser um software de código aberto, permite que qualquer indivíduo capaz de criar aplicações e melhorias faça suas alterações no código e apresente ao mundo APIs novas. Isso é uma vantagem pois, assim, os próprios usuários podem consertar problemas na rede, problemas de segurança, entre outras coisas. Uma rede de usuários forte faz um programa cada vez mais forte. Isso também é verdade para a moeda digital Bitcoin.

Inclusive, por ser de código aberto, muitas outras moedas são cópias de seu código fonte com algumas alterações na geração de blocos e confirmação de transações, como a Litecoin.

Liberdade de Pagamento em Qualquer Lugar e Momento (moeda global)

Conforme discuti no post inicial desta série, os custos para transações internacionais tendem a ser um problema para este tipo de negociação, afetando principalmente os menos abastados. Além disso, nosso amigo Governo cobra elevadas taxas para que seja possível efetuar esse tipo de pagamento.

Com o Bitcoin, tudo que você paga é o custo da rede. Muitas vezes, nem isso, se estiver disposto a esperar certo tempo para a conclusão da transação. Com o Bitcoin pagamentos internacionais ficam facilitados. Além disso, como não é diferente para cada país, pode ser aceito por um holandês ou um iraniano sem problemas de conversão, se tornando uma moeda global.

Rede Segura

“Ei, mas esse Bitcoin não é uma parada 100% online?? O negócio não têm agência, não têm gerente, não tem nada, ele não pode simplesmente sumir ou ser hackeado e desaparecer do nada??”

Bem, o Bitcoin é realmente 100% digital, mas sua rede já se mostrou bastante segura. Inclusive, muitos já tentaram invadir o protocolo e hackeá-lo, falhando, o que mostra sua solidez.

O renomado pesquisador de segurança Dan Kaminsky fez inclusive uma tentativa dessas e não teve muitos frutos positivos.

O Bitcoin se mantêm ligado 24h por dia, pois está rodando em incontáveis máquinas ao redor do mundo, algumas que ficam ligadas 24h por dia.

Algo pode dar pau??Pode, assim como tudo nesta vida, mas não gostaria de estar vivo para ver o mundo atual sem computadores e internet, você gostaria???


Bem, por hoje é só, tentarei voltar antes do final desta semana com a continuação e trazer algo mais ameno durante a semana que vêm, para contrabalancear com estes posts mais técnicos.

Abraços a todos que chegaram ao final deste post =D

Fontes

Livros: Bitcoin, A Moeda na Era Digital (Fernando Ulrich)

Sobre Moeda Descentralizada: fonte 1

Sobre redução de custos de transação: fonte1; fonte2; fonte3; fonte4;

Quantidade de Bitcoins minerados até hoje: fonte

Sobre Privacidade: fonte1; fonte2

Sobre outras informações: BitcoinWiki (site bastante completo em diversos termos técnicos relacionados a criptomoeda)

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Neófito
3 anos atrás

Olá, Mago.

Você compreende bem do assunto e não tenho a intenção de contrapor nada em seu texto, pois conheço muito pouco e achei válidos todos os seus argumentos pró-Bitcoin.

Insisto apenas, sempre, que não consigo ver tal ativo como moeda, mas “apenas” como ativo financeiro (escudo) digital. E muito eficiente, por sinal. Na verdade, diante do quadro sombrio onde estamos, a melhor opção.

“A inflação é gerada através de criação de mais moeda corrente”

Pois é. Poucas pessoas percebem que inflação não é mero aumento de preços. Mas, sim, o descontrole gerado após irresponsabilidade na impressão desenfreada de papel-moeda e rolamento de dívida pública.

“Esses indivíduos podem se beneficiar do uso deste dinheiro logo que é emitido”

Essa é a essencial do compadrio entre ricos e Estado. Os ricos sempre se beneficiam das políticas públicas. O jovem ingênuo, revolucionário de condomínio, acredita piamente no Estado e simplesmente não consegue observar isso: quanto maior o Estado e sua burocracia, maior o benefício às maiores fortunas. O mercado imobiliário de luxo cresceu bastante no último ano, por exemplo. São ricos alocando grana em apartamentos milionários. Muitas vezes, grana quentinha saída das instituições de “fomento”.

“uma moeda sem criador conhecido”

Há um grande nicho de moedas sem movimentação. Acho que um milhão. A quem pertence? O que podem fazer com isso para arruinar o sistema após uma derrama massiva? Será que o criador desconhecido possui poder sobre isso?

“Então somos obrigados a arrumar uma maquininha de cartão”

Hoje, é possível realizar o pagamento sem maquineta. Os dados são lançados no app. O vendedor pode se repassar o link via Whats, por exemplo. Fácil. Ainda há custo. Mas bem mais reduzido. E esse custo sempre vai para o consumidor final mesmo. Aliás, falando em WhatsApp, logo todas as bandeiras realizarão transação via app. Você enviará valores como envia fotos.

“só aumentará o poder computacional necessário para encontrar os demais”

Quando a China começar a fechar fazendas…

“Sua conta é só um amontoado de números e letras, sem correlação nenhuma com você”

Não demorará aos Fisco exigir esse amontoado de caracteres na declaração de renda e patrimônio.

“mas sua rede já se mostrou bastante segura”

Não vejo como desmontar uma rede descentralizada. Ainda hoje, não. Um dia, poderão dar um jeito nisso. De qualquer forma, os ataques virão via exigências a corretoras e ataques a grande mineradores.

Belos post. Só posso divagar mesmo sobre o assunto. Não tenho grana para investir. Rs

Abraços!

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[…] disse anteriormente (post anterior), o post ficou demasiadamente grande. Então fiz uma divisão em duas partes. Agora que ficamos […]

Neófito
2 anos atrás

Além da Tesla, agora vazou que o Mercado Livre comprou Bitcoin para reserva financeira. Está em seus registros, consultados por investidores. Sua sede estando na Argentina, já diz tudo sobre isso.

Sobre: “entender os motivos de todo mundo ser tão louco por essas criptos agora”, acredito realmente nisso: há os investidores sérios, que sabem os riscos e analisam o momento certo para um stop ou até mesmo venda, há também as grandes fortunas que estão com acesso a bastante grana impressa no momento e estão alocando em tudo quanto é ativo, e há os sardinhas, ainda mais com nações emitindo cheques devido à pandemia.

É uma aposta, mesmo. Ao menos para mim seria.

No momento, te confesso: estou gastando com bens úteis para meu conforto e sobrevivência no longo prazo, ainda mais diante da crise que se avizinha.

Há duas semanas comprei um carro novo. Loucura? O tempo dirá. Ao menos terei, agora, um carro zero para usar por anos a fio sem necessidade de manutenção com troca de peças, as quais já andam escassas e caras para reposição. Além disso, no ano que vem, acredito que este mesmo estará em torno de 15% mais caro na concessionária. Ou mais. Isso se tiver carro novo à venda.

Quando eu estava na concessionária, havia pessoas cobrando carros encomendados e um sujeito ao meu lado (metido com política na região), comprando, à vista, dois Corolla Cross, o que deu algo em torno de R$ 400.000,00.

Quando fui pegar o carro, a vendedora me deu os parabéns, pois após o fds seguinte ele subiu mais de 3%.

Tb reformei parte da casa e já tive problemas em encontrar material de construção, em falta e caro.

A coisa é por aí.

Mas, se eu fosse rico, meteria muita grana em cripto, metal e até ações de empresas falidas. Atiraria para todo lado! Até porque o dinheiro, para o rico, vem de graça mesmo, a juros praticamente negativo ou a fundo perdido.

Abraços!

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